Intelecto Sua Capacidade e Limitação

O Objetivo da escolha é fazer uma breve análise sobre o intelecto e sua limitação , e também , ao mesmo tempo frisar nestas reflexões a importância do mesmo na produção de conhecimento e após isto procurar deselvolver dentro de uma análise simples , a necessidade que teremos em ultrapassa-lo , para então adentrarmos em um outro nível de compreensão da realidade , que é o da intuição . A proposta é tentar colocar algumas questões , cujo uma resolução intelectual consiga êxito , demostrando assim a capacidade que neste nível de reflexão podemos chegar e , ao mesmo tempo , colocar questões que o mesmo percebamos , a sua limitação e que torna-se impossível respostas satisfatórias , demostrando assim sua limitação em relação a determinadas perguntas .
Sugerimos para início de reflexão , dois indivíduos cujo objetivo seria a pesquisa de um determinado fato ou fenômeno dentro da natureza objetiva . Entenderemos por natureza objetiva as coisas observáveis por nossos sentidos físicos aqui no caso a visão , audição etc . como por exemplo , a investigação da vida de uma determinada espécie de pássaro .
No decorrer desta pesquisa , através da observação e anotação dos fatos como por exemplo nascimento , após certo período de incubação , o nascimento , a alimentação quando pequeno , a proteção dos pais , a idade que começa a voar e finalmente quando adquirem sua independência na vida adulta . Outros fatores como alem desses como locais geográficos nos quais existam a predominância da espécie , ( regiões ) , épocas de acasalamento , estações climáticas , enfim uma série de dados , como foi visto . É possível que no final da pesquisa , os dois ou mais indivíduos que a tenha produzido , cheguem através deste estudo a um mesmo ponto de vista .
Sendo assim , neste campo de observação no qual o intelecto é o único responsável pois seu objeto de investigação encontra-se fora de si-mesmo ou como dissemos objetivado na natureza os resultados , alem de serem perfeitamente captados pelos dois ou mais investigadores , possuírão o mesmo e único resultado . Isto acontecerá em qualquer ramo de investigação onde o objeto a ser pesquisado esteja " fora " ou objetivado onde os fatos é que determinam a pesquisa e isto é perfeitamente observável e analisável por esta nossa capacidade ou seja , a intelectual .
No entanto , quando falamos em autoconhecimento , quando partimos para dentro de nós e tentamos através desta atitude adquirir respostas em relação as ações humana no que diz respeito ao próximo e ao planeta , tudo se complica e o intelecto começa a demonstrar incapacidade para tal feito . Ações que nos deixam perplexos em determinados momentos como por exemplo um latrocínio , um estupro um assasinato . Sabemos de acontecimentos onde pessoas com nível intelectual altíssimo reconhecido perante a sociedade , pratica determinados atos que pela sua inteligência diríamos ser impossível .
Então se pelo menos o indivíduo fosse um analfabeto ou semi analfabeto , teríamos um álibi a favor do intelecto no entanto , tanto o analfabeto como o indivíduo considerado pelas suas realizações Acadêmicas um ser " culto " e de educação completa , estão ambos em um mesmo patamar animalesco , considerando que a violência seja contra o próximo ou contra o planeta em que vive só pode ser admissível para esta classe de seres pelo simples fato de não possuírem auto controle mental onde são suas ações determinadas . Em relação a estes fatos e outros tantos que o ser humano pratica sendo ele leigo ou instruído surge então a seguintes perguntas . Porque o ser humano age assim ? Neste momento então é que passamos a investigar a nós mesmo na busca de taís compreensões .
Se o contexto histórico nos desse estas respostas então o intelecto poderia muito bem através de uma análise histórica chegar a tal conclusão , contudo sabemos que isto apenas não responde a estas questões . É aí que então perguntamos porque isso ? Onde estão as respostas ? Porque tanta violência , uns com os outros e alem disso a agressão ao planeta onde todos vivemos , nossa casa ? Porque agimos assim ? Porque tamanha fome de bens , poder , status , fama , sexo etc . etc . etc ... porque se agarrar tanto a esses símbolos perecíveis ? Onde está o intelecto para nos responder tais questões .
Onde está o intelectual com capacidade de passar ao seu semelhante tal compreensão sobre estas atitudes tão deploráveis ? Cadê o padre , o pastor , o monge capaz de transmitir através de palavras aquilo que o ser humano só poderá captar no silêncio ? . Enfim , observamos pelo intelecto estas atitudes a mais de 7.000 anos de observação histórica cujo suas guerras e suas cicatrizes fizeram tantos seres humanos sofrerem e hoje ainda fazem e contudo nenhum erudito por mais que fosse considerado , responde de maneira satisfatória a estas questões cujo acrobacia intelectual e como já vimos é justamente neste sentido que o intelecto humano fracassa .
Então o que fazer ?
Se a principal ferramenta disponível ao ser humano hoje , O intelecto , para a produção de conhecimento na pesquisa filosófica é posta em cheque ? O que nos sobra ?
Aquí , colocaremos uma "nova" proposta para produção de conhecimento , O silêncio Mental ou do Próprio intelecto .
Após aguça-lo ao máximo e é aí que está o seu mérito este deve então ceder e , dar lugar para o desenvolvimento em nossa mente a uma nova capacidade de entendimento de problemas que ele o intelecto não resolve . Esta nova capacidade chama-se Intuição . Porem para que esta ocupe seu espaço em nossa psique , é fundamental que o estudante aprenda a arte de silenciar-se . Autores como o Brasileiro Huberto Rohden , o britânico Paul Brunton e o tibetano Tenzin Giatso em suas obras salientaram como fator fundamental o Silêncio Meditativo para que esta capacidade intuitiva ultrapasse a intelectual , porem para que isto aconteça , fundamental será que todo indivíduo aprenda a silenciar em si mesmo Sua faculdade intelectual para que esta nova faculdade seja desenvolvida e as Respostas acima adquiridas . Quando o intelecto cala o universo fala pois as respostas estão dentro de cada um de nós .
Texto : Marcos Modesto
Aluno de Filosofia do Claretiano .

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